segunda-feira, 28 de março de 2011

Evangelho do 3º Domingo da Quaresma - Jo 4,5-29.39-42

Chegou então a uma terra da Samaria que se chama Sicar, perto do terreno que o patriarca Jacob tinha dado a seu filho José. Era ali o lugar do poço de Jacob. Cansado da caminhada, Jesus sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Nisto, chegou uma mulher samaritana que ia tirar água ao poço e Jesus pediu-lhe de beber. Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. A mulher disse-lhe:”Mas como é que tu, um judeu, te atreves a pedir-me água a mim que sou samaritana?” De fato, os judeus não se davam bem com os samaritanos. “Se tu conhecesses o que Deus tem para dar”, respondeu-lhe Jesus, “e quem é aquele que te está a pedir água, tu é que lhe pedirias e ele dava-te água viva.” Disse-lhe a mulher: “Nem sequer tens um balde e o poço é fundo! Donde é que tiras a água viva? O nosso antepassado Jacob deixou-nos este poço. Ele mesmo, os seus filhos e os seus rebanhos vinham aqui beber. Não me digas que és mais importante que Jacob.” “Quem bebe desta água”, afirmou Jesus, “volta a ter sede, mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais há-de ter sede, porque a água que eu lhe der torna-se dentro dessa pessoa numa fonte que lhe dá a vida eterna” A mulher pediu-lhe: “Senhor, dá-me então dessa água para eu nunca mais ter sede, nem precisar de vir buscar água a este poço.”

Disse-lhe Jesus: “Vai chamar o teu marido e volta cá.” “Não tenho marido”, disse ela. Jesus continuou: “Tens razão em dizer que não tens marido, porque já tiveste cinco e o que tens agora nem é teu marido. Disseste a verdade.” A mulher reconheceu então: “Senhor, estou a ver que és profeta! Os nossos antepassados samaritanos adoraram a Deus neste monte. Vocês dizem que só em Jerusalém é que se deve adorar a Deus.” “Acredita no que te digo, mulher!”, declarou Jesus. “Chegou a hora em que não é neste monte nem em Jerusalém que hão-de adorar o Pai. Os samaritanos adoram a Deus sem o conhecerem bem; nós os judeus, sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. Porém, está a chegar a hora — e é agora mesmo — em que aquele que adora o Pai o há-de adorar no Espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e os que o adoram devem fazê-lo no Espírito e em verdade.” A mulher disse então a Jesus: “Sei que o Messias, isto é, o Cristo, há-de vir. Quando ele vier há-de anunciar-nos todas essas coisas.” Respondeu-lhe Jesus: “Tu estás a falar com ele. Sou eu mesmo.” Nessa altura, chegaram os discípulos de Jesus e ficaram admirados quando o viram a falar com uma mulher. Mas nenhum se atreveu a perguntar: “Que procuras?” Ou: “Por que estás a falar com ela?” A mulher então deixou o cântaro, foi à cidade e disse ao povo: “Venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será este o Messias?”

Este evangelho nos mostra, primeiramente, que não devemos ser racistas e nem ter preconceitos, pois Jesus falou com uma samaritana. A mulher deixou claro o seu espanto, já que judeus não se davam bem com os samaritanos. Jesus, porém não demonstrou preconceito algum e continuou a conversar com ela.

Depois, Jesus disse que ele tem a água que mata a sede para sempre. Sede esta, que não sentiremos mais se bebermos da água d’Ele. Esta água não significa somente esse líquido insubstituível e essencial para o nosso corpo, mas todas as nossas necessidades.

Ele também demonstra total conhecimento sobre a nossa vida e a nossa caminhada quando fala: “Tens razão em dizer que não tens marido, porque já tiveres cinco e o que tens agora nem é teu marido. Disseste a verdade.” Isso mesmo, Ele sabe de tudo que nos aconteceu e sabe do que necessitamos.

No final, a mulher reconhece a identidade do filho do criador e começa a espalhar a notícia. Espalhemos também a presença e os ensinamentos de nosso Senhor.

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